sábado, 12 de setembro de 2009

Noivas da Seca


Uma das regiões mais áridas e pobres do Brasil também é uma das mais ricas em relação a cerâmica popular. E esse é o tema do livro da professora de cerâmica no Instituto de Artes da Unesp, Lalada Dalglish.
A partir dos muitos anos de convivência com as mulheres ceramistas do Vale do Jequitinhonha (MG) a autora mostra no livro "Noivas da Seca: cerâmica popular do Vale do Jequitinhonha", como a demanda do mercado de cerâmica da região provocou significativas mudanças socioeconômicas nas comunidades.
As artesãs, conhecidas como “viúvas da seca”, por conta do êxodo de seus maridos em busca de trabalho, se transformam por meio de sua arte em “noivas da seca”, alusão de Lalada ao tema recorrente das bonecas noivas, pintadas com véu, grinalda e ramo de flores.
Atualmente, os maridos das ceramistas permanecem em casa para ajudar na produção.
Mais do que um relato sobre a produção e comércio de peças de cerâmica, "Noivas da Seca..." retrata como arte e vida, natureza e cultura estão intimamente marcadas no cotidiano destas mulheres que fazem brotar belas bonecas de barro da “terra seca onde não nasce nem um pau de flor”, além de detalhar muito bem o processo de produção das ceramistas através de fotografias.

terça-feira, 8 de setembro de 2009




De todas as invenções que se referem ao design, uma em especial ganha em disparada na minha opinião. No quesito funcionalidade, praticidade e design propriamente dito o campeão é o escorredor de arroz.
O utensílio presente na maioria das casas brasileiras nasceu do cansaço da brasileira Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowich que sempre ao chegar em casa encontrava o ralo da pia entupido por alimentos. Para que isso não acontecesse mais criou essa espécie de bacia conjugada a uma peneira em uma de suas extremidades que facilita a lavagem de alimentos. A criação se deu em 1959 e foi concedida a patente em 1962.
O escorredor de arroz é um dos melhores exemplos de design vernacular, aquele não-acadêmico e que parte da necessidade de uma cultura local.

domingo, 6 de setembro de 2009

Nós iremos dominar o mundo.

Quando ouvi dizer que era uma banda formada por adolescentes desconfiei.
Pensei logo numa coisa Hanson de ser. Mesmo pessoas confiáveis terem dito por aí que é uma banda bem bacana.
E depois de sofrer perseguição até da revista Capricho, sim eu leio Capricho quando tenho oportunidade (me deixa), que veio parar nas minhas mãos resolvi ouvir qual é a da Mickey Gang ( esses guris de Colatina-ES ).
E independentemente de o The Guardian dizer que "é a coisa mais quente vinda do Brasil há anos", se eu fosse apresentado ao som e apenas ao som, sem nenhuma informação prévia, eu diria que eles não são daqui.
É aquela velha coisa de acharmos que somos menores.

Do Espírito Santo sim e isso não é nenhum milagre. A Mickey Gang, a ZéMaria e a terrorturbo estão aí pra provar isso.

Haja Choro!

Frequentemente quando acordo, ligo a tv e coloco na MTV.
Enquanto isso vou voltando da minha viagem intergalática.
E hoje não foi diferente.
Estava lá o Lab-Now.
E no meio daquela coisa indie toda, de repente, não mais que de repente aparecem eles: Andrew Vanwyngarden e sua trupe, ou seja, a MGMT. Com o clipe... tan-dan: "Kids".
Essa versão do clipe [ assista aqui ] foi lançada recentemente como sendo a versão oficial. Na época, o fato daquela criança chorando copiosamente me causou um certo desconforto. Mas hoje foi pior, com a mente clara de quem tinha acabado de acordar, pensei "Como pode ter havido uma autorização pra expor esse pobre a uma situação estressante dessas? Esse tipo de coisa gera um trauma pra toda a vida."
O fato do clipe ser tão randômico dá até pra entender já que, quem viu um show da banda como eu vi percebeu que piração eles tem de sobra. Talvez isso, na cabeça deles, até justifique o fato de colocar o moleque lá naquela situação. Mas ainda assim eu prefiro a primeira versão lançada [ assista aqui ] e sem esquecer que é deles o meu hit favorito.

Esse pessoal é muito doido.