sexta-feira, 30 de outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Julian Casablancas - Phrazes For The Young (2009)

Julian Casablancas, frontman dos Strokes, lança seu primeiro disco solo em novembro. Phrazes For The Young sairá pela gravadora Cult Records.
O álbum foi gravado em Los Angeles, Nebraska e Nova York, cidade natal de Casablancas, com Jason Lader e Mike Mogis - integrante da banda indie Bright Eyes - na produção.
O cantor foi bem econômico em sua estréia, o álbum é composta de apenas oito faixas, entre elas "11th Dimension", faixa embebida no synth pop oitentista e também o primeiro single.
Para seu primeiro voo solo, o vocalista dos Strokes disse ter procurado sonoridade distante à da banda que lhe deu fama. A ideia era associar "música moderna" ao "poder e seriedade da música mais velha", conforme revelou em entrevista no início de agosto.
Casablancas participou de outros projetos musicais desde o último disco do Strokes, First Impressions of Earth, de 2006. Entre eles, o cantor se uniu a Santigold e Pharrell Williams na música "My Drive Thru" e colaborou com Danger Mouse no recente álbum Dark Night Of The Soul.

Fonte: Rollig Stone

Tracklist:

01 Out Of The Blue
02 Left And Right In The Dark
03 11th Dimension
04 Chords Of The Apocalypse
05 Ludlow Street
06 River Of Brake Lights
07 Glass
08 Tourist

sábado, 17 de outubro de 2009

Tristemente Irreparável


É verdadeiramente triste ler essa notícia nos principais sites do país. Ontem, um incêndio destruiu parte da residência do pintor e arquiteto César Oiticica, irmão do pintor, escultor e artista plástico Hélio Oiticica, morto em 1980, aos 42 anos. Situada no bairro do Jardim Botânico, zona sul do Rio.
No local estavam cerca de 2 mil obras do artista. "Perdemos cerca de 200 milhões de dólares, mas esse não é o valor principal, o valor em dinheiro não significa nada. É uma perda que o mundo inteiro irá lastimar. A cultura brasileira ficou ferida. Eu me sinto pessimamente", disse César, em entrevista à Rádio CBN.
Ainda não se sabe o que teria causado o incêndio, que começou no primeiro andar da casa. Segundo a família, os bombeiros demoraram para chegar na casa e começar o combate ao fogo.
 
Hélio Oiticica foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. Ele é considarado um dos artista mais revolucionários de seu temppo.
Em 1959, fundou o Grupo Neoconcreto, ao lado de artistas como Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape e Franz Weissmann. O que na história da arte no Brasil é o período mais interessante pra mim.
Hélio criou o Parangolé, que segundo ele era a "antiarte por excelência".
O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda) que só mostra plenamente "seus tons, cores, formas, texturas e grafismos, e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, palha) a partir dos movimentos de alguém que o vista".
Foi também Hélio que fez o penetrável Tropicália, que não só inspirou o nome, mas também ajudou a consolidar a estética do movimento tropicalista na música brasileira, nos anos 1960 e 1970.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009





15 a 21/10 - Design gráfico brasileiro em temporada na China: aqui.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

The Big Pink - "A Brief History Of Love" ( 2009 )

Salvalaio disse, Salvalaio avisou. Há dias martelando na minha cabeça pra ouvir ( leia-se baixar ).
Recomendo.
Não sabe do que se trata? Azar. "Eu não vim pra explicar". Ouça. Permita-se.

DOWNLOAD AQUI:
http://www.megaupload.com/?d=0PIZIHIX
OU AQUI:
http://www.sharebee.com/eec34d98

Manifesto Antropofágico ( Mário de Andrade )

"Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.


Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.

Tupi, or not tupi that is the question.

Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.

Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.

Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.

O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.

Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande.

Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.

Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.

Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.

Queremos a Revolução Caraiba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.

A idade de ouro anunciada pela América. A idade de ouro. E todas as girls.

Filiação. O contato com o Brasil Caraíba. Ori Villegaignon print terre. Montaig-ne. O homem natural. Rousseau. Da Revolução Francesa ao Romantismo, à Revolução Bolchevista, à Revolução Surrealista e ao bárbaro tecnizado de Keyserling. Caminhamos..

Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará.

Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós.

Contra o Padre Vieira. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei-analfabeto dissera-lhe : ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia.

O espírito recusa-se a conceber o espírito sem o corpo. O antropomorfismo. Necessidade da vacina antropofágica. Para o equilíbrio contra as religiões de meridiano. E as inquisições exteriores.

Só podemos atender ao mundo orecular.

Tínhamos a justiça codificação da vingança. A ciência codificação da Magia. Antropofagia. A transformação permanente do Tabu em totem.

Contra o mundo reversível e as idéias objetivadas. Cadaverizadas. O stop do pensamento que é dinâmico. O indivíduo vitima do sistema. Fonte das injustiças clássicas. Das injustiças românticas. E o esquecimento das conquistas interiores.

Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros.

O instinto Caraíba.

Morte e vida das hipóteses. Da equação eu parte do Cosmos ao axioma Cosmos parte do eu. Subsistência. Conhecimento. Antropofagia.

Contra as elites vegetais. Em comunicação com o solo.

Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Fingindo de Pitt. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses.

Já tínhamos o comunismo. Já tínhamos a língua surrealista. A idade de ouro.

Catiti Catiti

Imara Notiá

Notiá Imara

Ipeju*

A magia e a vida. Tínhamos a relação e a distribuição dos bens físicos, dos bens morais, dos bens dignários. E sabíamos transpor o mistério e a morte com o auxílio de algumas formas gramaticais.

Perguntei a um homem o que era o Direito. Ele me respondeu que era a garantia do exercício da possibilidade. Esse homem chamava-se Galli Mathias. Comia.

Só não há determinismo onde há mistério. Mas que temos nós com isso?

Contra as histórias do homem que começam no Cabo Finisterra. O mundo não datado. Não rubricado. Sem Napoleão. Sem César.

A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. Só a maquinaria. E os transfusores de sangue.

Contra as sublimações antagônicas. Trazidas nas caravelas.

Contra a verdade dos povos missionários, definida pela sagacidade de um antropófago, o Visconde de Cairu: – É mentira muitas vezes repetida.

Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.

Se Deus é a consciênda do Universo Incriado, Guaraci é a mãe dos viventes. Jaci é a mãe dos vegetais.

Não tivemos especulação. Mas tínhamos adivinhação. Tínhamos Política que é a ciência da distribuição. E um sistema social-planetário.

As migrações. A fuga dos estados tediosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os Conservatórios e o tédio especulativo.

De William James e Voronoff. A transfiguração do Tabu em totem. Antropofagia.

O pater famílias e a criação da Moral da Cegonha: Ignorância real das coisas+ fala de imaginação + sentimento de autoridade ante a prole curiosa.

É preciso partir de um profundo ateísmo para se chegar à idéia de Deus. Mas a caraíba não precisava. Porque tinha Guaraci.

O objetivo criado reage com os Anjos da Queda. Depois Moisés divaga. Que temos nós com isso?

Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade.

Contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de D. Antônio de Mariz.

A alegria é a prova dos nove.

No matriarcado de Pindorama.

Contra a Memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada.

Somos concretistas. As idéias tomam conta, reagem, queimam gente nas praças públicas. Suprimarnos as idéias e as outras paralisias. Pelos roteiros. Acreditar nos sinais, acreditar nos instrumentos e nas estrelas.

Contra Goethe, a mãe dos Gracos, e a Corte de D. João VI.

A alegria é a prova dos nove.

A luta entre o que se chamaria Incriado e a Criatura – ilustrada pela contradição permanente do homem e o seu Tabu. O amor cotidiano e o modusvivendi capitalista. Antropofagia. Absorção do inimigo sacro. Para transformá-lo em totem. A humana aventura. A terrena finalidade. Porém, só as puras elites conseguiram realizar a antropofagia carnal, que traz em si o mais alto sentido da vida e evita todos os males identificados por Freud, males catequistas. O que se dá não é uma sublimação do instinto sexual. É a escala termométrica do instinto antropofágico. De carnal, ele se torna eletivo e cria a amizade. Afetivo, o amor. Especulativo, a ciência. Desvia-se e transfere-se. Chegamos ao aviltamento. A baixa antropofagia aglomerada nos pecados de catecismo – a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato. Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos.

Contra Anchieta cantando as onze mil virgens do céu, na terra de Iracema, – o patriarca João Ramalho fundador de São Paulo.

A nossa independência ainda não foi proclamada. Frape típica de D. João VI: – Meu filho, põe essa coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça! Expulsamos a dinastia. É preciso expulsar o espírito bragantino, as ordenações e o rapé de Maria da Fonte.

Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama."



OSWALD DE ANDRADE Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha." (Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.)


* "Lua Nova, ó Lua Nova, assopra em Fulano lembranças de mim", in O Selvagem, de Couto Magalhães


Oswald de Andrade alude ironicamente a um episódio da história do Brasil: o naufrágio do navio em que viajava um bispo português, seguido da morte do mesmo bispo, devorado por índios antropófagos.








sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Para se ter na cabeceira da cama


Design Gráfico ( Uma História Concisa ) - Richard Hollis

A história do design gráfico é uma das mais empolgantes e interessantes da história cultural do século XX. Desde suas raízes, na fase de desenvolvimento da imprensa, o design gráfico evoluiu como meio de identificação, informação e promoção, tornando-se uma disciplina e profissão por seus próprios méritos. Essa história documentária e definitiva começa com o pôster e prossegue registrando o desenvolvimento no uso da palavra e da imagem em brochuras, revistas, publicidade, identidade corporativa, televisão e mídia eletrônica, mostrando ainda o impacto de inovações técnicas como a fotografia e o computador. Com mais de 800 ilustrações totalmente integradas ao texto, esse indispensável relato é único em sua clareza, abrangência e capacidade de absorver o leitor. "Leitura essencial e acessível para estudantes, designers e historiadores" (The Eye).

Richard Hollis é designer gráfico free-lance, tendo trabalhado como serigrafista, diretor artístico, gerente de produção, professor e conferentista. Hollis estudou arte e tipografismo em Chelsea, Wimbledon, e na Central Schools of Art, Londres. A partir de 1958, começou a ensinar litografia e design no London College of Printing e na Chelsea School of Art, após o que trabalhou em Paris no começo da década de 60. De 1965 a 1967, foi Diretor do Departamento de Design gráfico no West of England College of Art, Bristol, e por seis anos foi Professor-Adjunto na Central School of Art and Design.

Eu já tenho o meu. E você? Tá esperando o que?