Tem pessoa que tem o costume de vazar pelos cantos.
No começo vaza calada, aos poucos, aos pingos.
Mas se pega gosto principia o derrame.
Escorre quando fala, escorre quando anda.
Não tem mais braço nem cabelo que segure.
Parece que vicia em ficar transbordada.
Mas tem outra que quando transborda é pra dentro.
E corre o risco de ficar represada. E represa você sabe,
Se aumenta muito arrebenta.
Mas se a pessoa ensaia um jeito de derramar pra fora.
Aí vai fazendo leito, vai abrindo seu caminho na terra.
E a terra parece que se abre para ela passar.
Às vezes não.
- Viviane Mosé -
sexta-feira, 16 de julho de 2010
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