domingo, 17 de maio de 2009

TP4



















A TP4 foi uma banda que descobri por pura curiosidade, assim como a grande maioria das bandas e cantores que ouço e gosto hoje em dia. E isso foi em umas poucas linhas da revista Simples. Assim, movido por ela ( a curiosidade ) fiz o pedido do primeiro disco, o Recycle Vol. 1, pela web e após a primeira audição nunca mais desgrudei.

A banda se prepara para o lançamento do terceiro disco: Something Stupid.

A seguir reproduzo um texto encontrado no site da Vivo que conta bem o meu modesto parecer sobre ela.

( Os grifos são meus )

"São Paulo, a maior metrópole brasileira, onde se dá uma impressionante confluência de informações inclusive artísticas, nasceu a TP4.
Longe de se alinhar com movimentos de culto ao kitsch ou revivals dos excessos estéticos dos anos 80, o grupo tem como foco de sua pesquisa a transformação ou reciclagem ( daí o Trash do nome ) das informações estéticas na música popular.

O oposto de um cover ( reprodução de arranjos originais ), mas uma subversão dos valores timbrísticos e estilísticos na música radiofônica ou popular de modo geral, brasileira e internacional.

Em seu primeiro trabalho fonográfico ( Recycle Vol. 1, de 2005 ), lançado no Brasil e na Coréia, incluiu músicas de sucesso em inglês, espanhol e italiano, sem nunca perder um certo "olhar brasileiro" sobre as obras.

O repertório foi de "Material Girl", sucesso da Madonna tranformado num xote (sic) com sotaque jazzístico, a "Close to you", clássico de Burt Bacharat e Hal David numa versão up beat, passando por Domenico Modugno ( "Volare" ) e o famoso bolero "Quizás, quizás, quizás".

A proposta do álbum foi a transformação, em alguns casos radical, do arranjo das músicas, se utilizando dos elementos e gêneros mais variados e prevalecendo uma sonoridade acústica, limpa, com elementos orientais e eruditos e ao mesmo tempo pop, dançante e bem humorada.

O disco teve ampla receptividade e se transformou em sucesso de público e crítica, conquistando mídia espontânea e visibilidade excepcionais, como a indicação ao prestigiado Prêmio Tim de Música na categoria Melhor Disco em Língua Estrangeira.

No ano seguinte, 2006, o grupo realizou o segundo trabalho, Super Duper. Desta vez optando também por músicas extraídas da música popular brasileira, realizando a releitura de autores consagrados como Chico Buarque ( "Geni e o Zepelim" ) e Dorival Caymmi ( "Maricotinha" ), assim como sucessos radiofônicos imortalizados por Alcione, Secos e Molhados e Jane & Herondi, reflexo do gosto popular no Brasil.

O disco ainda incluiu "Lithium", do Nirvana, num surpreendente arranjo de choro tradicional com naipe de madeiras, e "Puttin on the Ritz", sucesso na voz de Fred Astaire cuja releitura traz um acento grego nas cordas.

Este trabalhou apresentou uma sonoridade mais "pesada", combinando timbres de guitarra vintage, piano de concerto, vocais elaborados e um novo elenco de cantores convidados.

Atualmente, o grupo formado por Natalia Mallo ( baixista, vocalista, produtora e que também tem um ótimo blog sobre gastronomia ), Mariá Portugal ( baterista, vocalista, arranjadora ), Gustavo Ruiz ( guitarrista, violonista, arranjador e de um flickr incrível ) e Dudu Tsuda ( tecladista, arranjador ); prepara seu terceiro trabalho, que será lançado em 2009.

Para definir a linha de trabalho do próximo disco, o grupo faz suas experimentações ao vivo em shows vibrantes e cheios de improviso, onde executa também músicas de sua autoria.

O próximo trabalho trará uma sonoridade mais enxuta, será um disco "de banda", com menos convidados e o intuito de mostrar no disco um pouco da sonoridade ao vivo. Também terá composições próprias e temas instrumentais.

Em maio de 2008, o TP4 comemorou 4 anos de existência realizando sua primeira turnê européia. O grupo se apresentou em Londres, Lisboa e Cannes, onde foi a atração da Noite Brasileira do Festival de Cinema. Em seguida, em setembro seguiu para o Japão, para os shows de lançamento da edição japonesa de Super Duper, nas cidades de Tóquio e Toyohashi, ao lado de Fernanda Takai e Pato Fu.

O grande diferencial do TP4 e suas releituras é a sua excelência musical aliada a uma total liberdade criativa e à química cênica dos seus integrantes. Suas apresentações, que acontecem tanto em casas noturnas como em teatros e festivais, atrai platéias das mais diversas faixas etárias e socio-culturais, num verdadeiro happening dançante onde o público rapidamente desenvolve uma empatia pelo repertório, sentindo-se impelido a identificar ou adivinhar, a cada novo arranjo, qual será a música executada.

De fato, o TP4 é um grupo de forte presença cênica, e é conhecido pelo caráter performático e interativo de suas apresentações. As escolhas do grupo, na tentativa de realizar a releitura de músicas presentes na memória afetiva das platéias, partem da reflexão sobre a fronteira entre o popular e o comercial, o bom e o mau gosto, o preconceito, a música “datada” e a renovação e mistura de gêneros.

É uma tentativa lúdica de decifrar estes clássicos propiciando novos olhares sobre o já conhecido, o já ouvido. As influências musicais presentes na sonoridade incluem pilares da música brasileira como Caetano Veloso e Mutantes, passando pela chanson francesa e seus revisores (Serge Gainsbourg, Paris Combo), música cigana, klezmer, clássicos judaicos, Beatles, música eletroacústica, pop-rock, folk da América do Norte, tango, rock and roll puro, e tantas outras referências, presentes na bagagem individual de seus integrantes.A premissa do grupo é de fato entreter, fazer dançar e cantar junto, mas também contribuir à criação de novos critérios, novas formas de ouvir música popular, criar platéias mais abertas, com mais interesse em descobrir o diferente, o surpreendente e a mistura de gêneros e linguagens."

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