sábado, 17 de outubro de 2009

Tristemente Irreparável


É verdadeiramente triste ler essa notícia nos principais sites do país. Ontem, um incêndio destruiu parte da residência do pintor e arquiteto César Oiticica, irmão do pintor, escultor e artista plástico Hélio Oiticica, morto em 1980, aos 42 anos. Situada no bairro do Jardim Botânico, zona sul do Rio.
No local estavam cerca de 2 mil obras do artista. "Perdemos cerca de 200 milhões de dólares, mas esse não é o valor principal, o valor em dinheiro não significa nada. É uma perda que o mundo inteiro irá lastimar. A cultura brasileira ficou ferida. Eu me sinto pessimamente", disse César, em entrevista à Rádio CBN.
Ainda não se sabe o que teria causado o incêndio, que começou no primeiro andar da casa. Segundo a família, os bombeiros demoraram para chegar na casa e começar o combate ao fogo.
 
Hélio Oiticica foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. Ele é considarado um dos artista mais revolucionários de seu temppo.
Em 1959, fundou o Grupo Neoconcreto, ao lado de artistas como Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape e Franz Weissmann. O que na história da arte no Brasil é o período mais interessante pra mim.
Hélio criou o Parangolé, que segundo ele era a "antiarte por excelência".
O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda) que só mostra plenamente "seus tons, cores, formas, texturas e grafismos, e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, palha) a partir dos movimentos de alguém que o vista".
Foi também Hélio que fez o penetrável Tropicália, que não só inspirou o nome, mas também ajudou a consolidar a estética do movimento tropicalista na música brasileira, nos anos 1960 e 1970.

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